quinta-feira, junho 1

Hotelaria sobre a mesa

Hotelaria sobre a mesa.

Batiam as nove horas da manhã quando conhecia pela primeira vez os jardins do Hotel Anantara. A convite da Event Point, esperáva-nos um pequeno almoço especialmente diferente do habitual, onde o tema principal da conversa era uma das preocupações, se é que lhe podemos chamar assim, que a Hotelaria vive nos dias de hoje. 

Num momento em que as taxas de ocupação nos hotéis sobem exponencialmente com o aumento da procura de Portugal como destino para Mettings & Incentives (MI), como gerir as tensões que se geram entre os segmentos de lazer e de MI(CE)? 

Este foi o mote. 

Estava calor. E nada melhor que uma fruta e um sumo de laranja natural para me acompanhar nesta conversa informal e descontraída entre hoteleiros, DMC's e membros do turismo do Algarve. 

Visões de ângulos diferentes convergiam no mesmo enfoque: O Algarve. A Hotelaria no Algarve. 

O Algarve do Turismo. O Algarve do sol&praia. O Algarve da luz natural. Dos 365 dias de sol por ano. O Algarve do mar azul, da areia clara, dos sabores mediterrânicos. Do peixe fresco, das receitas com história. Das lendas e tradições. 

O Algarve do Turismo. Em que o lazer ocupa a fatia mestre das estatísticas tradicionais e que, com ele, vem já o conhecido debate da dependência hoteleira da Tour Operação. 

Depois, a sazonalidade. 

As rotas aéreas - as crescentes e as deficitárias. Os meios de comunicação, as obras sem fim à vista e as outras, as sem ínicio. O típico "mas já esteve pior". Sem faltar a típica passagem pela "pescadinha de rabo na boca" quando se fala do Algarve de portas fechadas às rotas novas que se querem ver abertas, falando obviamente da época baixa. 

As infraestruturas.  


A qualidade-preço. O custo-benefício. A segurança. 

Sem esquecer um pouco de golf. 

A Hotelaria sobre a mesa, sem papas na língua. 

A meu ver, sem dúvida que o Algarve é um navio capaz de navegar em vários mares e levar nele diversos tripulantes. 
Somos uma pérola no mundo com a sorte de podermos abraçar um pouco de cada um dos segmentos, consoante a época do ano. 
Só quem cá trabalha poderá calcular a imaginação com que cada um de nós transforma problemas em soluções, ou melhor, adversidades em conquistas, de modo a garantir negócio que inicialmente já mais confirmaria no nosso país, na nossa região (chamo-lhe nossa, mesmo sem ser a minha).

A ginástica contorcionista da Hotelaria Algarvia vai permitindo que a balança se vá equilibrando em cada desiquilibrio.  E a sorte vai estando do nosso lado. 

Talvez não para sempre... 


Patrícia Luz
1 de Junho de 2017








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