domingo, maio 14

What a day! | 13 de Maio de 2017


Depois de dias a fio a tentar escolher a oportunidade ideal para relançar o meu blog, dou por mim aqui sentada porque sim, porque tem mesmo que ser, porque é impossível deixar passar este marco na minha vida, e na vida daqueles que me rodeiam, assim... em branco. 

Ontem adormeci à luz das velas. 
A imagem de Fátima transformada num mar de gente iluminada pelas suas próprias mãos, certamente não me sairá tão cedo da memória. 
Ainda que longe, as preces e os cânticos vieram ecoar nas paredes da nossa sala. 
Sou católica, porque não pude escolher. Talvez o fosse na mesma, de qualquer das formas.
Não vou à missa. Não rezo todos os dias. Mas tenho a certeza que sou protegida pela fé que nutro por algo que não sei ao certo o quê. E agradeço todos os dias por isso.
Em voz alta. Para que, se for Deus que me ouve, me oiça com atenção. 

A religião. 
Que coisa é esta que permite que multidões se respeitem? Que coisa é esta que permite o silêncio entre milhares de pessoas num só lugar?
O silêncio.
Eu já só falo no poder do silêncio, porque a magia, essa, não se explica.  

Hoje, sua santidade, Papa Francisco, esteve em Portugal. 
Obrigada Mundo por respeitares a paz deste momento. 

Por outro lado, é impossível não vir aqui gritar aos quatro cantos do mundo que sou Portuguesa. Que o orgulho de o ser transborda por todas as partes do meu corpo! É impossível não vir aqui dizer a toda a gente que aquele pontinho do globo que raramente é chamado pelo nome próprio e que é visto tantas vezes como a "sala de estar" do país vizinho, afinal... Oh! afinal tem vida própria! Voz própria! Talento próprio! Caramba!!! 

A música. Desta vez: A música. 
A música e sua capacidade de comunicar, de atravessar fronteiras, idiomas, de colocar os olhos brilhantes naqueles que não a entendem, mas que se arrepiam ao ouvi-la, ao senti-la, mesmo sem saber ao certo porquê, sem perceberem ao certo o que diz.
O mais alto esplendor da Língua Portuguesa, da verdadeira Língua Portuguesa, proclamada por aí. A poesia, a nossa verdadeira poesia. O amor, sempre o amor. 

Desta vez, na nossa sala, intervalado pelos festejos futebolísticos também eles ouvidos na rua onde eu moro, ecoa o nome do nosso país na voz do Salvador Sobral.

Portugal,
Portugal, 
Portugal (...) 

Repete-se na voz representante de cada um dos países presentes, e pé ante pé, subimos posições no ranking ...

Portugal,
PORTUGAL torna-se vencedor da música orgânica, da musica vinda das entranhas, da música sem fogo de vista, da música, só.

Obrigada, obrigada Salvador da Pátria. Somos vencedores do Festival Eurovisão da Canção 2017.

Ontem adormeci à luz das velas.
Amanhã, a história continua ... mais rica.

Bem-vindos ao meu blog. Hoje é sempre um bom dia para recomeçar.



13 de Maio de 2017






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