segunda-feira, julho 24

Farmácia da Penha | A credibilidade do Bem-Estar.



Quando andava no sétimo ano queria ser Farmacêutica. 
Depois descobri a físico-química e achei melhor zelar pelo bem da humanidade (risos).

A verdade é que é um sítio onde sempre gostei de ir.  Tenho sempre aquela sensação de "sitio-solução-para-todos-os problemas", sabem? E desde que vim viver para o Algarve, a Farmácia da Penha é "o meu lugar". 

A verdade é que ninguém quer estar doente, muito menos ser recebido por alguém frio e arrogante nessas circunstâncias. Ou ter alguma preocupação de saúde e não ter alguém a prestar a mínima atenção aos nossos sintomas, não é? Eu não gosto. Eu fico ainda mais doente quando isso me acontece em qualquer centro de saúde, hospital ou farmácia.

É essencialmente por isso que a minha escolha está feita há muito tempo! 

Aqui as minhas dores de dentes foram sempre recebidas com um sorriso, as dores de cabeça com um aconselhamento médico e até aquela banalidade de comprar um protector solar?! Teve direito a brinde!  

Mas desta vez o que me trouxe à Farmácia, foram razões bem mais positivas e é isso que vos quero contar! 


Sabem aquela semana sem fim à vista? Aquela semana de salto-alto em modo vai-vem daqui até à China? Aquela sexta feira com as pernas a pesar chumbo? Eu sei. 

Mas felizmente também sei o caminho certo para a solução. 

Chama-se Maria del Carmen e as suas mãos mágicas. Voilá! 

Mais do que uma Farmácia convencional, a Farmácia da Penha é uma agradável surpresa, pois para além do balcão há muito mais para descobrir. 

Pois é, e foi assim que acabei a minha semana entregue a esta senhora magnífica e a uma drenagem linfática manual. 

Aquilo que me fez optar por este local para experimentar este procedimento de Bem-estar, foi sem dúvida a confiança e credibilidade que me transmite. Afinal de contas é uma farmácia, a minha farmácia de eleição, onde trabalham profissionais de saúde, que utilizam produtos certificados e que sabem realmente o que é certo, pois estudaram toda a vida para isso, para saber o que é melhor para nós.



A Drenagem Linfática. 

A Maria recebeu-me com uma água aromatizada enquanto trocámos um momento de perguntas&respostas a cerca das vantagens deste tratamento e não só.  

Foi assim que fiquei a perceber que a Drenagem linfática é um procedimento que visa auxiliar o processo natural de drenagem do líquido que está espalhado pelo nosso corpo, realizado pelo sistema linfático. 


Depois passámos à acção. E através de uma massagem técnica com movimentos finos, suaves e superficiais a Maria ajudou-me a ver-me livre dos líquidos excedentes das minhas células, permitindo assim que os "dejectos metabólicos" - acho que se pode dizer assim - presentes em várias partes do meu corpo fossem drenados.

Esta massagem não dói e é super relaxante, ideal para esquecer o stress do dia a dia e, sem dúvida, o peso das pernas :) eheh! Assim que terminou, notei efeitos positivos no meu bem-estar. 

Experimentem! 
Afinal de contas, o nosso bem estar deve estar acima de tudo!

Beijinhos, Pat

   Instagram | Site 


Estrada da Penha, nº52 , 8000-119 Faro 
Marcações: 289 822 342

terça-feira, junho 20

Simples é Perfeito | Passeios da Ria Formosa




O segredo é mergulharmos neste mar que é a vida, onde os sonhos são como um barco que não nos deixa à deriva,

 - Autor desconhecido




De sonhos é o novo projeto da empresa Passeios da Ria Formosa, inaugurado este fim de semana em plena Ria Formosa. 

Esqueçam o Algarve confuso e caótico em pleno Agosto. Esqueçam as estradas cheias de trânsito, os hotéis a rebentar pelas costuras e as praias sem um metro quadrado de areia para estender a toalha. 

Aqui, respira-se paz. 








É em plena  barra velha da Fuseta, longe dos holofotes do Verão Algarvio mas perto das suas melhores qualidades, que este novo conceito de férias se encontra disponível em dois barcos fundeados para o efeito. 

Com um design moderno e super confortável, este é o sitio ideal para umas férias em família ou para a comemoração de uma data especial a dois.... longe do mundo, mas perto de sí e daqueles que mais gosta. 

E porque o meio ambiente é umas das principais preocupações dos dias de hoje, este é um projecto que teve por base uma visão ecológica, apostando desta forma nos panéis solares como fonte de energia.   


Aqui poderá dormir em plena Ria Formosa e adormecer com as estrelas. 

Mergulhar e nadar até ao areal mais próximo ou pegar um pequeno barco a remos com toda a família e embarcar na aventura de rodopiar até à praia. 

Aqui, poderá cozinhar refeições leves ou optar por convidar um chefe a tomar conta da sua cozinha e deixar-se surpreender pelos sabores da região. 

Aqui, poderá ler o livro que anda há meses a enfeitar a mesa de cabeçeira, aquele, a que ainda não deu a devida atenção. 

Aqui poderá apanhar sol de manhã à noite e refrescar-se naquele que é jacuzzi com melhor vista do Algarve. 

Aqui há uma série de actividades extra para se divertir: desde a observação de golfinhos a cavalos marinhos, passeios para avistar as diferentes éspecies de aves habitantes da Ria Formosa e pesca desportiva, entre muitas outras. 

Aqui, pode simplesmente fazer uma sagria e beber um copo ao final da tarde.

Vale tudo, desde que seja simplesmete FELIZ.





















Para mais informações clique aqui

Venham viver um sonho! 


quinta-feira, junho 1

Hotelaria sobre a mesa

Hotelaria sobre a mesa.

Batiam as nove horas da manhã quando conhecia pela primeira vez os jardins do Hotel Anantara. A convite da Event Point, esperáva-nos um pequeno almoço especialmente diferente do habitual, onde o tema principal da conversa era uma das preocupações, se é que lhe podemos chamar assim, que a Hotelaria vive nos dias de hoje. 

Num momento em que as taxas de ocupação nos hotéis sobem exponencialmente com o aumento da procura de Portugal como destino para Mettings & Incentives (MI), como gerir as tensões que se geram entre os segmentos de lazer e de MI(CE)? 

Este foi o mote. 

Estava calor. E nada melhor que uma fruta e um sumo de laranja natural para me acompanhar nesta conversa informal e descontraída entre hoteleiros, DMC's e membros do turismo do Algarve. 

Visões de ângulos diferentes convergiam no mesmo enfoque: O Algarve. A Hotelaria no Algarve. 

O Algarve do Turismo. O Algarve do sol&praia. O Algarve da luz natural. Dos 365 dias de sol por ano. O Algarve do mar azul, da areia clara, dos sabores mediterrânicos. Do peixe fresco, das receitas com história. Das lendas e tradições. 

O Algarve do Turismo. Em que o lazer ocupa a fatia mestre das estatísticas tradicionais e que, com ele, vem já o conhecido debate da dependência hoteleira da Tour Operação. 

Depois, a sazonalidade. 

As rotas aéreas - as crescentes e as deficitárias. Os meios de comunicação, as obras sem fim à vista e as outras, as sem ínicio. O típico "mas já esteve pior". Sem faltar a típica passagem pela "pescadinha de rabo na boca" quando se fala do Algarve de portas fechadas às rotas novas que se querem ver abertas, falando obviamente da época baixa. 

As infraestruturas.  


A qualidade-preço. O custo-benefício. A segurança. 

Sem esquecer um pouco de golf. 

A Hotelaria sobre a mesa, sem papas na língua. 

A meu ver, sem dúvida que o Algarve é um navio capaz de navegar em vários mares e levar nele diversos tripulantes. 
Somos uma pérola no mundo com a sorte de podermos abraçar um pouco de cada um dos segmentos, consoante a época do ano. 
Só quem cá trabalha poderá calcular a imaginação com que cada um de nós transforma problemas em soluções, ou melhor, adversidades em conquistas, de modo a garantir negócio que inicialmente já mais confirmaria no nosso país, na nossa região (chamo-lhe nossa, mesmo sem ser a minha).

A ginástica contorcionista da Hotelaria Algarvia vai permitindo que a balança se vá equilibrando em cada desiquilibrio.  E a sorte vai estando do nosso lado. 

Talvez não para sempre... 


Patrícia Luz
1 de Junho de 2017








segunda-feira, maio 22

A Patrícia Cozinha | Risotto




"Cozinhar é o mais privado e arriscado ato. 
No alimento se coloca ternura ou ódio.
Na panela de verte tempero ou veneno. 
Cozinhar não é serviço.
Cozinhar é um modo de amar os outros. "

Mia Couto


Gosto de cozinhar por isso mesmo. Porque além de ser uma forma de amor de mim para mim cada vez que cozinho aquilo que mais gosto, é uma forma de amar todos aqueles que quero para sempre sentados à minha mesa. Que são poucos, mas certamente são só e apenas aqueles que amo.

Mais do que cozinhar porque sim, esta é uma das formas que tenho de ocupar o tempo, a cabeça e a alma. 
Odeio cozinhar à pressa. Odeio cozinhar fora da minha casa, do meu espaço e das minhas coisas. 
Gosto de cozinhar bonito e com amor. 

Hoje trago-vos um dos meus pratos favoritos do momento: Risotto. Hoje, Risotto de Pescada.  

Ingredientes Principais: 
- Arroz de Risotto; 
- Cebola;
- Alho; 
- Vinho Branco
- Pescada
- Margarina
- Queijo Parmesão ralado; 

Ingredientes secundários (caldo): 
- Cascas de cebola; 
- Cascas de Alho; 
- Coentros; 
- Pescada; 
- Cenoura
- Alho Françês;
(outros legumes a gosto)


1º - Preparar o caldo: Para isso, colocar todos os ingredientes secundários numa panela com água e levar ao lume até levantar fervura. Deixar cozinhar por 30 minutos.  

                      Dicas
  • Eu não costumo colocar sal no caldo. Prefiro acertar o tempero no fim do risotto, uma vez que o queijo parmesão por si só é intenso e, dependendo dos ingredientes usados, o caldo poderá por si só ter um sabor forte. 
  • Se quer que o risotto saiba a cogumelos, o caldo terá de ter cogumelos. Se quer que saiba a pescada, terá que ter pescada. O sabor do caldo depende do seu gosto! Mas o gosto do risotto, começa aqui. 
  • Caso o caldo crie "espuma", retire-a antes de utilizar o caldo. 
  • Use folhas de cebola e de alho, em vez de cebolas e alhos inteiros. Quando utilizo estes ingredientes noutros cozinhados, guardo as folhas no congelador. Assim, quando preciso, é só colocar na panela. 
  •  A partir deste momento, o caldo deverá ser mantido quente até ao final do cozinhado.



2º - Abrir o Risotto: Dourar a cebola e o alho em azeite. De seguida, adicionar o arroz de risotto e envolver. Quando o arroz estiver com uma cor quase transparente, adicionar o vinho branco a gosto, mexendo sempre. 

                            Dicas:   
  • O fogão deve estar em lume brando, sem oscilações de temperatura. 
  • A partir deste momento, o arroz deverá estar constantemente a ser mexido. 
  • Não calcar o arroz! Mexer. Eu gosto de usar o "salazar" :) 


3º - Cozinhar o Risotto: Após o risotto estar aberto - verão que ganhará uma certa cremosidade -, adicionar o caldo quente pouco a pouco até cozinhar totalmente. 
Simultaneamente, desfiar as postas de pescada retirando-lhe as espinhas. Adicionar ao cozinhado. 

4º - Finalização: Quando o arroz estiver completamente cozido. Desligar o fogão. 
Adicionar pequenos gomos de margarina e mexer bem. Adicionar queijo parmesão a gosto e voltar a mexer.

Empratar et Voilá!! 

Experimentem e digam-me como correu! 

Boa semana a todos, 

Patrícia Luz





domingo, maio 21

Valoriza-te: é grátis!










Mala: Bimba&Lola; Calças: Lefties; Relógio: Primark: Make-up: Kiko

Para todas as mulheres que um dia deixaram de acreditar no poder de se merecerem,

« A primeira pessoa que te merece, és tu.»
Repeti-o eu em frente ao espelho muitas vezes com os olhos encharcados em lágrimas, que nunca cairam, porque eu não deixei.  

A primeira pessoa a merecer-me serei para sempre eu. 

O pior pesadelo de uma mulher é deixar que lhe roubem a auto-estima. O segundo pior pesadelo é acreditar para si mesma que a perdeu.  Não há medo pior que o da própria sombra. E não há glória maior que vencê-lo. 

A verdade é que vivemos numa sociedade padronizada, onde as pessoas acham que a perfeição existe. 

As mulheres são más umas com as outras. Odeiam-se porque se invejam. "Amam-se" para não se terem como inimigas. Um jogo de interesses comanda este rebanho que caminha todo para o mesmo lado, o caminho infindável da perfeição que não existe, do status que não paga contas, nem dá inteligência de borla a ninguém. As amizades por conveniência, as metas do protagonismo, a vida real em stand by... 

Chega!

A primeira pessoa a merecer-te és tu. 
Por isso, pega em ti e merece-te todos os dias desde o momento em que acordas.

E se ninguém notar ? 
Estas num óptimo caminho.

Patrícia Luz
21 de Maio de 2017

sexta-feira, maio 19

Oh Cali!










Calças: Mango; Blusa; Mango; Relógio: Primark

Se somos cores e formas, eu sou palmeiras e verão. 
Não sei se convosco acontece o mesmo, mas para mim estar em ambientes de que gosto muito revigora-me a alma e dá um feeling mesmo bom aos meus dias. 
Este é sem dúvida um deles. Se há coisa que me inspira são palmeiras, palmeiras e mais palmeiras. Aquele ambiente californiano transportado para o lado de cá do oceano, a música aos altos berros no carro e o vento a fazer esvoaçar os cabelos por todos os lados, é algo que me inspira mesmo a viver cheia de boas energias! 

E a voçês, o que vos inspira? 

Patrícia Luz
19 de Maio de 2017

domingo, maio 14

What a day! | 13 de Maio de 2017


Depois de dias a fio a tentar escolher a oportunidade ideal para relançar o meu blog, dou por mim aqui sentada porque sim, porque tem mesmo que ser, porque é impossível deixar passar este marco na minha vida, e na vida daqueles que me rodeiam, assim... em branco. 

Ontem adormeci à luz das velas. 
A imagem de Fátima transformada num mar de gente iluminada pelas suas próprias mãos, certamente não me sairá tão cedo da memória. 
Ainda que longe, as preces e os cânticos vieram ecoar nas paredes da nossa sala. 
Sou católica, porque não pude escolher. Talvez o fosse na mesma, de qualquer das formas.
Não vou à missa. Não rezo todos os dias. Mas tenho a certeza que sou protegida pela fé que nutro por algo que não sei ao certo o quê. E agradeço todos os dias por isso.
Em voz alta. Para que, se for Deus que me ouve, me oiça com atenção. 

A religião. 
Que coisa é esta que permite que multidões se respeitem? Que coisa é esta que permite o silêncio entre milhares de pessoas num só lugar?
O silêncio.
Eu já só falo no poder do silêncio, porque a magia, essa, não se explica.  

Hoje, sua santidade, Papa Francisco, esteve em Portugal. 
Obrigada Mundo por respeitares a paz deste momento. 

Por outro lado, é impossível não vir aqui gritar aos quatro cantos do mundo que sou Portuguesa. Que o orgulho de o ser transborda por todas as partes do meu corpo! É impossível não vir aqui dizer a toda a gente que aquele pontinho do globo que raramente é chamado pelo nome próprio e que é visto tantas vezes como a "sala de estar" do país vizinho, afinal... Oh! afinal tem vida própria! Voz própria! Talento próprio! Caramba!!! 

A música. Desta vez: A música. 
A música e sua capacidade de comunicar, de atravessar fronteiras, idiomas, de colocar os olhos brilhantes naqueles que não a entendem, mas que se arrepiam ao ouvi-la, ao senti-la, mesmo sem saber ao certo porquê, sem perceberem ao certo o que diz.
O mais alto esplendor da Língua Portuguesa, da verdadeira Língua Portuguesa, proclamada por aí. A poesia, a nossa verdadeira poesia. O amor, sempre o amor. 

Desta vez, na nossa sala, intervalado pelos festejos futebolísticos também eles ouvidos na rua onde eu moro, ecoa o nome do nosso país na voz do Salvador Sobral.

Portugal,
Portugal, 
Portugal (...) 

Repete-se na voz representante de cada um dos países presentes, e pé ante pé, subimos posições no ranking ...

Portugal,
PORTUGAL torna-se vencedor da música orgânica, da musica vinda das entranhas, da música sem fogo de vista, da música, só.

Obrigada, obrigada Salvador da Pátria. Somos vencedores do Festival Eurovisão da Canção 2017.

Ontem adormeci à luz das velas.
Amanhã, a história continua ... mais rica.

Bem-vindos ao meu blog. Hoje é sempre um bom dia para recomeçar.



13 de Maio de 2017






quarta-feira, maio 3

Welcome Instagram!


Agora é possível estarem a par de todas as novidades através do instagram. 
Cada segundo de mim para vocês aqui

Beijinhos



sábado, março 4

Saturday Morning


Comer bonito.

Uma das coisas que me inspira é comer bem e bonito. Mais do que saborear, os olhos também comem, não me venham com tretas.

Há uns tempos atrás (como podem ver no separador "creations") eu perdia algum do meu tempo a fotografar os meus pequenos almoços e lanches para vos mostrar. Nessa altura imperava o estilo de vida saudável, que com o passar do tempo e com as circunstancias da vida, infelizmente, se perdeu um pouco.

Mas nunca é tarde. E nada como o primeiro fim de semana de Março para vos deixar um cheirinho a Primavera, mesmo que chova a cântaros lá fora.

Finalmente começa a minha época favorita. Morangos, Framboesas, Alperces, oh god! E com ela vem os pequenos almoços booooooooons (pelo menos, ao fim de semana)!

Durante a semana não consigo fazer os pequenos almoços que gostaria. Além de odiar comer na primeira hora após acordar, o tempo... bem, o tempo acaba por escassear naquele minutinho extra que prefiro ficar na cama. E lá se vão os pequenos-almoços xpto.

Contudo, sou louca por smoothies, batidos, frutas, panquecas (...), resumido, comidas coloridas.

Por isso, já que hoje tive um tempinho, deixo-vos umas fotos do meu pequeno almoço para vos inspirar neste dia cinzento.


Receita (preparar com amor):


  • Granola de Frutos Secos
  • Iogurte Natural
  • Framboesas


Fotografia: Patrícia Luz




Patrícia Luz
4 de Março 2017

terça-feira, fevereiro 28

Se somos momentos, eu sou isto tudo: e gosto.








Somos momentos. Somos abraços e cheiros. E cores. E sons. 

Somos pouco mais que nada. Pouco mais que tudo aquilo que definimos para nós. 

Gosto de pensar assim: que sou o que eu quiser. E sou. 

Hoje de manhã o despertador tocou. Já tinha tocado antes. Adormeci outra vez porque não me apeteceu levantar. Acordei meia hora mais tarde porque hoje não quis ter horas. E depois disso fiquei na melancolia da minha cama a apreciar a luz que passava pelas gretas da pressiana e refletia na parede. Só para me certificar do quanto adoro esta luz. 

De seguida fui adulta. Vesti as minhas responsabilidades e sai porta fora. E de saltos altos, porque é assim que gosto de mim nos momentos de responsabilidades.

É quando passam estas burocracias que olhamos para o tempo. Especialmente para aquele que nos resta. 

Se o meu corpo fosse constituído de alguma matéria que pudéssemos escolher, o meu era feito de mar. 

Às vezes escolho ser mar dos pés à cabeça. Sento-me na areia e desconecto-me de tudo o resto. Nem passado, nem futuro. Nem pessoas, nem coisas, nem responsabilidades. As atenções redobram-se no movimento das ondas, quase como se as visse em camara lenta e as ouvi-se num búzio gigante em modo altifalante na minha mente. As cores, as gaivotas... gosto de ocupar uma pequena parte do tempo que me resta, assim ... desta forma grátis. 

Um dia perguntaram-me o que se passava comigo. "Nada", respondi. Acusaram-me de ter estado a sós com o mar, como se fosse motivo suficiente para se passar algo. 

As pessoas precisam de paz de espirito. Mais do que quando tem problemas, quando não têm. Não são precisos motivos, apenas querer ter uma aurea constantemente saudável.

E eu descobri como encontrar a minha. É a fazer aquilo que realmente gosto. 

Depois do mar, vem o silêncio. 

Eu gosto do silêncio. 
Estranho não é? Ouvir o barulho do que nos rodeia, assusta, especialmente quem ainda não perdeu um pouco de tempo a ouvir o barulho de si próprio. É necessário. As quatro paredes da minha sala permitem-me escutar os pássaros que vagueiam atarefados lá fora, entrevalados muitas vezes pelas sirenes das ambulâncias que socorrem outras vidas ou pelas buzinas do transito lá fora. Por cá o silêncio, de que eu gosto.  

Depois a fotografia. Gosto de perder horas a captar formas de estar na vida. E é por isso que improviso estúdios e holofotes. Fotografo tudo o que me rodeia e até a mim mesma, quando me apetece. Só para me ver ao espelho e verificar se estou feliz. Às vezes descubro que não. 

Depois a comida, ... next. E escrever... 

E ler. 
E ouvir música. 
E desenhar. 
E pintar. 
E projetar bricolages quaisquer...

E... 

Se somos momentos. Eu sou isto tudo: e gosto. 

Patrícia Luz
28 de Fevereiro 2017






domingo, fevereiro 5

| Your soul is the whole world



| Your soul is the whole world. 

Contento-me com coisas simples. O amor alimenta-me e o desamor corrói-me. 
Adormeço com mil sonhos todos os dias e acordo sempre que os pesadelos me dizem que não vou conseguir concretizá-los. Choro quando estou nervosa, mais ainda quando vejo injustiça ou ingratidão diante dos meus olhos. Choro quando estou feliz também. Não sou a melhor pessoa do mundo, mas tento ser a melhor versão de mim em cada dia que passa. Caio. Caio na maldade de acreditar que há pessoas boas. Ergo-me sempre, só para continuar a entregar o melhor de mim a cada uma delas. 
Não tenho segredos. As bochechas que coram não me deixam mentir. 
Gosto do mar. Em cada dia triste é ele que me limpa a alma. E em cada dia feliz é ele que a transforma em verão. Gosto do silêncio barulhento das ondas a latejar na minha cabeça sem norte. 
Sou criativa. Especialmente a fugir dos buracos em que a vida tem tendência para me enfiar. 
Acredito. Acredito que em cada dia, há mil e uma vidas a chamar por nós. E que nada, nada, acontece por acaso.
Não sou a melhor amiga do mundo, na medida em que não digo o que os outros querem ouvir. Não tenho perfil de lambe botas e chateiam-me os rebanhos em busca das luzes da ribalta. Mas se me pedirem um ombro, tenho dois para dar.  
Gosto de dar. Dou demais às vezes. O que não tenho, até. 
A minha vida são quatro paredes de ar, onde vive muito pouca gente. Mas gente muito boa. 
Sou livre. 

Um serão bem passado define-se por uma mesa rodeada de sorrisos, ou o meu albúm favorito a ecoar nas paredes do meu quarto em lusco-fusco enquanto chove lá fora. 
Sou de extremos. Gosto da melancolia das noites e da exaustão de não ter mais horas para viver os dias. Sou feliz e triste. Carente e insegura, certa de tudo o que tenho de bom. 

Tenho mil razões para não gostar da vida. E todos os dias invento outras mil para a adorar. Sou a prova de que quem vê caras não vê corações. 

Agradeço. Agradeço todos os dias a Deus as pessoas luz que coloca na minha vida em cada momento, mesmo sem que elas cheguem a saber que o são. 

Energias positivas atraem energias positivas. 

Your soul is the whole world.

Patrícia Luz
5 de Fevereiro 2017

segunda-feira, janeiro 23

- Bom dia. Amo-te!

- Bom dia. Amo-te!


Todos os dias quando acordo. 


Já não tenho jeito para declarações de amor. Às vezes acho que foi ele que me roubou as palavras todas que tinha guardadas para o dia em que me apaixonasse a sério, mas a verdade é que o meu pai me ensinou a deixar sempre para o fim aquilo que mais gostava e eu, feita parva, guardei as declarações de amor para vomitar no desespero de te perder. Mas depois quem me perdeu foste tu e por isso ficaram guardadas por mais um tempo.

Sabes, nós temos a mania de não deixar nada por dizer só quando já não podemos dizer nada. E eu, gostava de te dizer muitas coisas que penso, especialmente quando estás a dormir. 

Gostar de ti é uma merda. 
Quero começar assim para teres a noção que se não gostasse mesmo, já te tinha mandado à fava. 
Tirando isso, não me imagino a acordar todos os dias de outra forma. 

Acordar com a certeza que temos ao nosso lado a pessoa que Deus destinou para nós, dá-nos uma grande paz de espírito, sabes? E quando eu acordo todas as manhãs com a tua boca a respirar-me no ouvido, fecho os olhos só para os abrir de novo e ter a certeza de que estás aqui.  

Não tenho jeito para declarações de amor.

Prefiro deixar-te beneficiar dos quinze minutos extra na cama, nos dias gélidos de inverno em que sou a primeira a tomar banho. A levantar-me para ir buscar o comando da televisão de que te esqueceste na outra ponta da casa, na hora de a desligar para irmos dormir. Dormir despida, para poderes ter dez mil cobertores e eu não morrer asfixiada na sauna do teu pijama polar. Levantar-me para te aquecer a toalha de banho, nos dias em que poderia dormir em modo rocha até ao meio dia. 

Não tenho jeito para declarações de amor. 

Excepto quando o silêncio me ouve, enquanto te vejo dormir. 

Sou grata a Deus por te ter a abraçar a minha vida, todos os dias quando adormecemos - até mesmo quando não estás, até mesmo quando és um parvalhão. 

- Odeio-te! 
Há lá melhor declaração de amor.





domingo, janeiro 22

1,2,3 .. desta é de vez.


" O meu coração
Tem a mania de usar vírgula
Quando a gramática
E o cérebro
Dizem para o usar
O ponto final."


Que se lixe a gramática!

Quis perder um tempo a pensar como é linda a puta desta vida, para carregar energias suficientes para vos dizer como é madrasta por vezes também.
Não vou recuar no tempo. Nem tão pouco comparar-me a uma banal cómoda de quarto, arrumada por gavetas.
Que se lixem as gavetas e o que guardamos nelas. Afinal de contas só as voltamos a abrir quando quisermos, ainda que a roupa antiga permaneça por lá até que nos lembremos de nos esquecer dela para sempre.

Quis perder um tempo para o ganhar de novo.

Às vezes é preciso descer um degrau na vida, para voltar a subir dois, ou dez. Outras, precisamos tropeçar e cair a escadaria toda de uma só vez, para percebermos que não nos levará a lado nenhum ou que é exactamente lá em cima que queremos estar. 
Dói. 
Dói cair. Dói a desilusão. Dói. Dói desistir. Mas mais do que cair, desistir e descobrir a podridão do que nos rodeia, dói subir uma escadaria untada a óleo e sem corrimão, quando esse é o único caminho que nos vemos a percorrer.

Sozinhos. 

É ... o mundo gosta de conspirar a favor do logicamente correto, do caminho fácil, do "não te metas nisso" e do "depois não digas que não te avisei". Pior, do "eu não voltarei a estar cá".

Eu não.

Eu odeio regras. Odeio corações com lógica e caminhos fáceis. Odeio desistir daquilo em que acredito muito, daquilo que quero muito fazer. E é exactamente por isso que não desisto. É exactamente por isso que eu quero que o mundo se lixe mais as suas convicções pseudo-lógicas do politicamente correto e assertivo.

E sim, é por isso que vou sozinha mesmo, se for preciso.

Sorrindo e acenando, não era? Sorriamos então.

Que se lixe a gramática! 
Nem virgula, nem ponto final. 

Travessão. 
Para uma vida cheia de diálogos e entendimentos. E encontros nos desencontros. Amo-te.


Patrícia Luz
22 de Janeiro 2017