segunda-feira, janeiro 21

Granda Sorte!!

Era uma vez uma aluna de Gestão que desejava era estar de férias quando tinha exames por fazer ainda. Três na mesma semana e em dias seguidos. Após ter feito o primeiro, o mais importante, e ter passado borrifou-se para o resto e não estudou mais. Ouvindo alguns amigos que insistiam fortemente em que estivesse presente nos restante, foi à sorte. E sorte teve!

Direito Fiscal é aquela coisa que não me assiste. E eu até gosto bastante de direito, diga-se. De entre o Comercial, Civil e do Trabalho, este é aquele que nem me aquece nem me arrefece, já que aos outros não precisei sequer de fazer uma visitinha a sala de exames. Depois, é aquele coisa das escolhas múltiplas, enfadonhas ainda por cima. Leio a segunda frase já nem sei o que diz a primeira, o que me leva seriamente a arriscar um totoloto e seja o que Deus quiser. Só por isso é que fui ao exame. Gosto de jogos que me possam dar algo em troca. 
No dia anterior deitei-me às três da manhã, coisa nunca antes vista antes de um exame, e como é lógico acordei era meio dia, com muita calma , ponderando algumas vezes antes de me levantar da cama se o totoloto me ia trazer algumas vantagens. Para além disso, o exame era às duas da tarde e no meio da bagunça que vai na minha mesa de estudo, nem dos códigos tributários sabia e ainda tinha que pensar no que almoçar. 
O que é certo é que fui lá e sabem que mais? acho que aprendi mais durante aquelas duas horas a pôr cruzinhas às sortes, na calma de quem não tem nada a perder, do que em todas as aulas que passei a jogar para me abstrair da irritante voz daquela professora, a quem não tenho nada contra, a não ser a voz.
E assim me livrei das cruzes. Das cruzes e do resto.


sexta-feira, janeiro 18

Estereótipos fatais

Apercebo-me agora da triste realidade da sociedade. Nunca fui de seguir as tendências e hábitos dos meus amigos, quanto mais dos meus conhecidos. Nunca olhei muito a marcas e procurei sempre poupar os meus pais a grandes encargos para andar no último grito da moda. Se andei adormecida este tempo todo? Não. Desejei mais que tudo muitas das coisas que passaram pelas mãos daqueles que me são próximos e que agora nem se lembram delas porque caíram no desuso natural que a moda sofre; como vem também vai. Foi assim que me educaram aqueles que ao longo da vida construíram um vasto património como podiam, da poupança do trabalho árduo que ao longo dos anos foram exercendo. Desde nova que me ofereceram mealheiros em vez de grandes brinquedos, e me explicaram que o amor e o carinho está nos abraços, beijos e nas coisas simples que podemos fazer por alguém. Felizmente ouvio-os, e no último mês tiver prazer de poder fazer umas pequenas estravagancias, com o meu dinheiro, que me custou a poupar. Triste sociedade aquela em que vivo, que enquanto as vacas foram gordas andaram no último grito da moda e que agora não sabem para que lado se virar. A crise é uma coisa grave que nos afecta a todos, inclusivé o meu mealheiro que perde valor a cada subida da taxa da inflação. Mas penso que afecta mais aqueles que não souberam abdicar dos luxos que a sociedade obrigou a ter aos fracos de espirito, que não abdicaram do estereotipo do "betinho com dinheiro" enquanto foi tempo.
Hoje eu percebo que isso faça toda a diferença. Os amigos são mais quando mostramos que estamos a par da evolução da actualidade? São. E eu que o diga. Mas se são melhores? Os que realmente tenho assumido como verdadeiros, estão cá, independentemente de andar rota ou com ultimo grito da moda. E isso? Isso é que é de valor.


quinta-feira, janeiro 17

À noite



A noite é tramada. Consegue oferece-nos muitos dos melhores momentos da nossa vida, aqueles que nos vão custar a sair da memória e que vamos querer sempre guardar dentro do nosso coração. As bebedeiras com os amigos da faculdade, o cinema caseiro enrolados no sofá ou as insónias provocadas por quem mais amamos. Coisas simples. Coisas nossas; íntimas ou não.
Ao invés, é guardiã dos choros secretos, das memórias que não queremos ver nem pintadas de azul aos quadradinhos durante todo o dia, para que ninguém que nos conheça minimamente consiga ler no oceano translucido que se apodera nos nossos olhos, o verdadeiro lado do falso sorriso que forçadamente se esboça por aqui, ali e acolá. Guardiã das nossas fraquezas. Guardiã dos minutos a ler mensagens guardadas nos "Arquivos" infimos do telefone e das lágrimas que nunca ninguém viu cair. 

A noite é tramada. A minha almofada que o diga. 



(Para os que estranharam 2ª imagem, é apenas para assinalar a minha inscrição no gym. «Foco na missão, Força na luta e Fé em ti mesmo» let's go!)

Sorri


Se estiveres triste, sorri. As pessoas dão mais valor a quem olha para a vida com um sorriso. Se ninguém souber das tuas mágoas melhor. Passarão muito mais tempo contigo a fazer o que achavas impossível fazer-te rir naquele dia e aquele abraço que parece não ter tido importância, vai encher-te a alma como nenhum que te dariam contrariadamente só para fazer jeito, por saberem que estavas em baixo. Quem dá sorrisos, recebe sorrisos. Ás vezes há que saber separar o corpo do resto. E se o pensamento fugir para onde não deve, fecha os olhos, e depois olha para o que estás a fazer e concentra-te. Sorri de novo. A vida vai-te dar troco. A ti, ao teu sorriso e a todos os que erraram para te deixar nesse estado. A tristeza como vem, também vai. Dá tempo ao tempo. Tudo muda.


terça-feira, janeiro 15

contra-prova


«Pensar que te posso perder, dói-me por dentro. Quero mesmo ficar contigo. Vou fazer tudo por nós. Fui burro em ter-te feito mal, Amo-te!»

Sim, as coisas nem sempre correm bem. O que vos quero dizer com isto é que só depende de nós mudar isso. Nunca irei desistir das pessoas que quero ao meu lado para a vida até me darem motivos irremediáveis para as deixar pelo caminho. Aqueles que gostam realmente de nós, mudam. Dão-nos razões para perdoar; dar o beneficio da dúvida. Aqueles que gostam realmente de nós ajoelham-se na rua, dão-nos a chave de sua casa e o numero do cartão de crédito quando tudo está mal. Aqueles que gostam realmente de nós, e nos dão provas disso, merecem uma segunda oportunidade. E o nosso coração também. O que vos quero realmente provar é que « O que não nos mata, torna-nos [com toda a certeza] mais fortes». 
Amem-se. Nós vamos fazer o mesmo. 

Amar vs Magoar

Perdoe-me o amor de não lhe dar descanso. Perdoe-me, salvo seja. Se me desse descanso, eu calava-me. Descanso não vá.. razões para não falar nele. Tenho um amigo que gozará eternamente comigo por isto, certamente que para ele terei o rótulo da romântica conformada. Não é bem isso. Mas se há coisa que me dá gozo é poder escrever nas entrelinhas... e só o amor me deixa fazê-lo. E por isso cá vai disto. 

O ser humano é muito estúpido. Se há coisa que eu não consigo entender, e perdoem-me a lentidão mental, é o porquê de duas pessoas que se amam não ficarem juntas. Pior. O porquê de duas pessoas que se amam se magoarem uma à outra. 
Na primária, o elementar do um mais um ser igual a dois aprende-se no primeiro dia de aulas. O meu primeiro relacionamento considerado sério foi aos quinze anos e, ainda nessa altura, eu acho que não tinha percebido isso, fazendo um paralelismo com a educação básica das borboletas no estômago,  bochechas coradas e o medo do primeiro beijo - o primeiro amor. 
Mas caramba, agora falando com vinte anos - e não é que tenha muito a dizer/ensinar, pelo contrário - custa-me perceber a dificuldade matematico-lógica entre o amar e o magoar. 
Eu não sou exemplo para ninguém, mas quando eu amo, eu amo. Só. 
Eu acho que cada vez mais as pessoas tem medo de transmitir os seus sentimentos com intensidade.  O medo tende a agarrar as palavras na goela e os momentos que poderiam ser perfeitos acabando com o esboçar de um «amo-te» em bom tom, ficam-se apenas por momentos bons que não chegam a fazer-nos levantar os pés do chão. Essa é a diferença. Nos dias de hoje as pessoas que gostam mesmo umas das outras resguardam-se mais, com receio da queda e da desilusão maiores, porque nenhuma das duas se revela completamente à outra. Porque é que eu hei-de dar tudo de mim a alguém que não mostra o que sente no fundo do coração?
Mas eles amam-se. E vivem juntos. 
A medo.
Às vezes magoam-se. Faltam as palavras, intensas, nos momentos certos. 

(Tenho notado que as visualizações ao blog dispararam para 11200... gostava de saber quem se encontra desse lado* )



sexta-feira, janeiro 11

Dias feios

E os dias podem não ter interesse nenhum. Por entre livros e calculadoras, de pijama e sem sentir o cheiro a inverno que a rua transpira. Podem ser uma monotonia pegada. A ver a felicidade dos outros e a consolarmos-nos com ela, nos filmes com finais felizes que passam na tv, ou nas imagens perfeitas, em que todas as raparigas gostavam de estar, exibidas pelo Tumblr. A verdade é que o que realmente interessa é chegarmos ao final do dia e deitarmo-nos de barriga cheia, com um sorriso estúpido para almofada porque estamos cheios do que nos faz falta. E acreditar que o realmente importa, é o nosso bem estar, de corpo e alma.

With love,
PAT

quinta-feira, janeiro 10

Pingos da chuva


A noite já vai longa. Faz frio lá fora. Os pingos da chuva batem na persiana daquele quarto, que é nosso por uns dias. Por entre as gretas da janela sinto a aragem gélida da serra acompanhada do lusco fusco das luzes da rua, que entretanto se apagam por ser quase dia. A música ecoa nas ruas, dia e noite. Dormes que nem um anjo. Que bom que é poder ficar toda a noite a olhar para ti, enroscado no pijama que me ofereceste no natal do ano passado, sentir respirar-te fundo junto do meu ouvido ou sentir os teus beijos a meio da noite, sem que te lembres deles. Isso é amor. Isso é amor puro. É não me importar de ter os pés frios, por ter o coração quente. É ter um porto seguro e certo ao meu lado noite e dia. É acordar de manhã enrolada num abraço com um «Bom dia amor»O que poderá ser melhor que ter ao nosso lado quem nos faz bem?


Depois da tempestade vem a bonança

quarta-feira, janeiro 9

Olá 2013,

E mais um ano se passou. Estava ansiosa que acabasse. Foi o pior dos últimos tempos. Não o repetia por nada deste mundo, a não ser os momentos que guardei numa caixinha; num lugar melhor, a que nunca vou querer chamar dois mil e doze para não os confundir com aquilo que me deu golpes nas costas e me cortou a respiração. 
Muitas foram as "morais da história" que retirei dele. E esse é apenas o lado bom de tudo o que me aconteceu de mal e que continuarei a partilhar com aqueles que me querem bem. 

Continuarei a defender o amor puro, as relações duradouras, a luta pelo que vale a pena, pelo que nos faz sentir vivos e por quem nos oxigena o sangue que nos corre nas veias. Para mim, isso é o mais importante da vida e é o que quero, acima de tudo, para mim. Não procuro dinheiro e uma família de merda, nem um grande carro para não ter com quem passear nele. Sonho com coisas simples. Mas complicadas nos dias de hoje. 

No último ano percebi que devemos dar tudo por quem está ao nosso lado, no momento. Que ninguém é um dado adquirido e que o que hoje está nas nossas mãos amanhã poderá estar contra nós. Que a razão é de quem a tem, não de quem a pensa ter. Que o amor é mais forte que a traição, quando é verdadeiro. Que desistir de quem amamos não deve ser opção; nunca saberemos o que ela tinha de melhor para nos dar. E na melhor das hipóteses, percebemos que ainda não nos tinha dado nada de especial. Que a vida é uma constante e que o melhor de tudo é acreditar. Acreditar que as coisas vão mudar. E que se não mudarem, o destino é a luz ao fundo do túnel. 

"O amor é a força mais poderosa do universo, e quando duas pessoas se amam, nem a distancia nem o tempo podem separa-las"

Que 2013 seja memorável! 


Estou de volta,
Pat